Meu Amor

Por, D. J. Santos 

Se eu pudesse resumir
o que sinto por ti,
diria assim:
meu amor é meu.

Jamais foi de outra pessoa,
não nasceu fora,
foi gerado aqui —
no silêncio do meu peito,
no tumulto do meu desejo,
no jeito que te vejo,
no que ouço de ti,
mesmo quando calas.

Foi feito do meu tato,
do meu querer,
da minha emoção crua,
de uma vontade que não pede licença.

Esse foi —
esse é —
o meu amor.

E ele não pode ser teu,
porque é meu.
Assim como tu não és meu,
e eu tampouco sou teu.

O amor é livre,
e ao mesmo tempo,
discreto e gritante,
latejante e solitário.

Um sentimento que vive no mundo,
mesmo quando parece
morar em alguém.

Mas se, de fato,
eu tivesse que resumir
o meu amor...
diria apenas:
ele é meu.

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