Um pouco D'Eu


David Santos

Há tempo do próprio tempo
Vidas se findam no tempo
Lágrimas que lavam o templo
Histórias que eu contemplo

A minha sopra o vento
Ela voa, voa alto, no relento
No relento da existência
No intento da sobrevivência

A única "cousa" que carrego
Enquanto outros não carregam
É esse amontoado de carne e história
Que ainda cabem em minha memória

O tempo que há não é meu
A vida que vivo, alguém comeu
O templo lavado sou eu
Histórias escritas em mim

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