Saber

David Santos

Do alto cairam as folhas
Não eram folhas, eram flores
Do alto caíram as flores
Vi cair de muitas cores

Cores das cores, cheias de odores
Frutas e frutos cairam, cairam
Que sabores, que sabores, mas que sabores
Aqueles frutos eram de todas as cores

Lá do alto, lá do alto, vieram todos
No chão, no chão pegava todos
Todos os diversos sabores
Deitado sentia seus odores

Árvore qualquer não era
Nem era árvore de primavera
Era da árvore proibida que comia
E toda sua sabedoria eu sentia

Um saber saboroso, mas sem gosto
Um conhecer sem rosto a rosto
Uma ciência sem crenças, pura descrença
Sobe, sobe, sobe creio que compensa

No alto está a fonte do saber
No alto está o puro ato de crer
Sobe que lá vou poder ver
Ver a luz que cria o saber






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