Um dia no parque

David Santos

Meu ultimo dia no parque foi maravilhoso, ver aquelas mãozinhas descobrindo as gramas, desvelando elas daquele tecido que as encobria e privava do sol, mas ao mesmo tempo na sua cruel inocência as privando da terra, arrancando uma de cada vez. Aquela alegria ao descobrir algo nuca visto, algo que foge do colchão, foge do chão gelado da sua casa.
Escuto no meu ouvido suas gargalhadas, gargalhadas do atim, do quim, dos sons que roubam da mera inocência, sorrisos sem fim. No meu peito resta um aperto, aperto de não estar perto, da distância que se impõe entre nós. A saudade que aperta no peito um estanho sentimento do qual não posso fugir.

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