Nem tudo devemos.
Por, David Santos
Desejo o que quero, posso, não devo
Não devo sucumbir a alguns desejos
Desejar posso, não há problema, devo
Há desejos que nunca, mas nunca mesmo
Quero desejo e posso
O que me trava é o devo
Dever fazer, ser dever
O que é esse tal dever?
Dever de ser aquilo que será
Dever de ser aquilo
que esperam
Deve de ser, olhe lá
Olhe como elas te projetam
Quem disse que devo ser o que elas querem
Quem disse que é meu dever de ser
Dizem que devo ser, porque querem
Mas não mostram o que é ser
Existem desejos que posso e devo
Existem desejos que poso e não devo
Experimentar a uns poucos claro que devo
Sucumbir ao que projetam, sim, a isso não devo
Há o desejo do desejo profundo
Nesse quase que me afundo
Se não penso por um segundo
Acabo bem lá no fundo
Que fundo bom, eficiente
Nesse fundo me faço ciente
Ciente, que sou, ciente do deficiente
Deficiências nos
fazem cientes?
Cientes que somos desejo
Cientes do que podemos
Cientes do que queremos
Conscientes de que nem tudo devemos.
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