A Colina das Rosas
David Santos
Havia no alto da colina das rosas
uma capela e lá vivia um Sacerdote. O velho homem trazia em seus braços um
livro antigo que continha as palavras de seu Deus, um conjunto de vivências
históricas e não históricas figuravam as linhas do velho livro. Logo ao lado da
capela havia uma casa humilde, onde vivia uma senhora muito curvada pela idade
que cultivava um jardim de fadas.
O sábio que acredita nas palavras
do livro sagrado, não acreditava em fadas. Ele do amanhecer até o anoitecer se
relacionava com seu Deus e a sábia com suas fadas. Havia uma coisa em comum
entre eles, ambos todos os dias as 17 horas celebravam uma cerimônia de amor,
vinham pessoas de todas as aldeias celebrar com eles. Na capela e no jardim já
se casaram muitas pessoas. A capela não aceitava casais de iguais, já o jardim
reinava a diversidade. Diversidade narrada no arco-íris de flores que
embelezava o jardim.
Um dia, já no fim dos dias o
sábio e a sábia sentaram juntos na mesa que dividia os dois templos para tomar
o tradicional chá, um olhou para o outro e sorriu. Naquele momento o Deus velho
abraçou as fadas da velha, os olhos já cansados de tanta diferença juntaram em
semelhança. N’um suspiro final ambos partiram juntos, levados por fadas e por
Deus para um mundo onde todos são semelhantes, onde o que reina e vive é o
amor.
Até os dias recentes na hora do
chá nasce de cima da mesa um arco-íris lindo que traça nos céus todas as cores
do amor, o jardim tomou conta da capela e a capela do jardim e naquele lugar
somente se celebra o amor.
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